São Paulo 7/7/2020 – Embora o cinema norte-americano seja o mais consumido, é importante saber que existem outros países com produção tão ou mais intensa.

O Cinema é um setor que gera muitos empregos, e uma linguagem artística que segue relevante nas mais diferentes culturas.

Quem é apaixonado por cinema talvez já tenha se perguntando: será que existe alguma forma de saber quantos filmes existem no mundo inteiro? De fato, são milhares, e algumas produções ganharam grande notoriedade na história do cinema.

É difícil contabilizar exatamente quantos filmes existem, principalmente porque se trata de uma indústria que não para nunca, o que significa que provavelmente no momento da produção desse conteúdo, o número já mudou. O que costuma ser contabilizado, no entanto, é a quantidade de filmes produzidas anualmente.

Dessa forma é possível se aproximar de um número que provavelmente é mais real. Segundo o IMDB, no ano de 2006, há mais de 10 anos, o número de filmes registrados oficialmente foi de 19.328. É, de fato, uma quantidade exorbitante para a indústria. E durante esses 10 anos é possível que tenha aumentado – mas não há registros oficiais divulgados.

Quais são as indústrias mais importantes do cinema mundial?

Embora o cinema norte-americano e sua indústria hollywoodiana sejam mais consumidos, é importante saber que existem outros países com produção tão ou mais intensa do que a dos americanos.

Hollywood

Sim, o primeiro lugar realmente fica com os americanos, sobretudo por conta de sua influência mundial. A Califórnia é o estado que abriga Los Angeles, a cidade conhecida como polo mundial da produção cinematográfica.Um dos motivos pelos quais a cidade foi escolhida para se tornar o ponto mais importante de produção e gravação de filmes é graças ao seu clima previsível e agradável.

Por volta de 1910, a Califórnia ainda contava com um dos salários mais baixos dos Estados Unidos, o que facilitava as produções.Estima-se que os Estados Unidos produzam uma média de 600 a 700 filmes por ano. No total, o mercado americano cinematográfico movimenta mais de 100 bilhões de dólares anuais, e gera uma quantidade exorbitante de empregos – batendo a marca de 120 mil.

É uma indústria exuberante em todos os seus sentidos, e hoje um dos mercados mais rentáveis para o país. O estado da Califórnia com certeza colhe os frutos através da geração de empregos do cinema e também do turismo gerado por isso.

Bollywood

O segundo polo mais importante de indústria cinematográfica é “Bollywood”. Mais conhecido como “cinema indiano”, na verdade este mercado abrange toda a produção de idioma Hindi, na região de Mumbai.

Em questão de quantidade, a Índia se destaca e aparece como a maior produtora do mundo. São mais de 1.200 filmes colocados em circulação todos os anos. Mas a rentabilidade é bem menor do que a concorrente americana, batendo na casa dos 3,5 bilhões de dólares.

Inegavelmente, a produção indiana tem uma identidade muito particular. É comum que os filmes tragam números musicais e dançantes, geralmente dublados por profissionais do canto. Eles também costumam misturar alguns gêneros, como comédia, drama e ação.

É uma indústria que ganhou notoriedade em todo o mundo, e cuja atuação existe desde 1913. O nome Bollywood é uma mistura de “Hollywood” com “Bombaim”, como era conhecida a cidade de Mumbai.

Nollywood

A Nigéria também aparece como uma produtora importante de conteúdo cinematográfico, e criou o que ficou conhecido como “Nollywood”.

São filmes geralmente produzidos a partir de um baixíssimo orçamento e tempo recorde. Isso faz com que essas produções sejam cheias de problemas técnicos, mas possuem um valor extremamente importante, inclusive na geração de empregos e geração de renda.

São cerca de 1 milhão de empregos gerados, e mais ou menos 800 milhões de dólares em receita. Como é de se esperar, os roteiros tratam especialmente dos problemas enfrentados pelo país, bem como o modo de vida do povo nigeriano. É o principal polo produtor de cinema da África.

Chinawood

A produção chinesa de filmes fecha essa lista. São cerca de 400 produtos gerados por ano, sendo que a grande maioria é controlada e produzida pelo governo – pouquíssimas são as produções independentes.

Existe um assíduo controle com relação aos filmes estrangeiros, pois, no país podem ser exibidos apenas cerca de 30 filmes estrangeiros por ano. Diversos temas também são censurados e vetados no país. Ainda assim, é na China que se encontra o segundo maior mercado de cinema do mundo, com 3,6 bilhões de dólares.

Ranking de países e gêneros

Como visto até aqui, apesar de o cinema norte-americano ser o mais conhecido, existem outras culturas e outros povos que também acabam entrando com força nesse mercado. Um ranking de 2017 mostra os países que mais produziram filmes

Estados Unidos: 10.863;
Reino Unido: 1.838;
Alemanha: 1.252;
França: 979;
Canadá: 966;
Espanha: 664;
México: 631;
Japão: 509;
Austrália: 337;
Itália: 283.

De Bollywood saíram apenas 276 produções entre filmes e séries no ano de 2017, o que é considerado bem baixo para a média local. Já o Brasil apresentou 107 produções de audiovisual no mesmo ano.

A classificação por gêneros mostra a distribuição de produção, que pode ser interpretada pelo custo de cada gênero e sua probabilidade de distribuição em nível comercial.

1° Curta-metragem;
2° Drama;
3° Documentários;
4° Comédia;
5° Filmes adultos;
6° Suspense;
7° Terror;
8° Ação;
9° Romance;
10° Animação.

É importante considerar ainda que muitas produções sequer são registradas. Existe realmente uma inquietação no universo cinematográfico que leva muita gente a produzir conteúdo de excelente qualidade, mas que acaba não ganhando projeção em nenhum aspecto.

O Cinema é um setor que gera muitos empregos, e uma linguagem artística que segue relevante nas mais diferentes culturas. Infelizmente, sua produção em larga escala ainda é restrita a grandes estúdios e produtoras, que conseguem bancar os custos elevados de um filme comercial.

Por outro lado, festivais e mostras independentes têm ganhado força, principalmente na internet . São espaços onde produtores podem expor suas ideias de forma mais livre, abraçando estéticas e narrativas por vezes mais experimentais.

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