São Paulo, SP 11/6/2020 – Na primeira infância, ler para um bebê é conversar. A editora Bamboozinho disponibiliza parte de seu acervo feito especialmente para a primeira infância.
Criado para continuar estimulando a leitura, mesmo durante a quarentena, Projeto Bebeteca Digital conta com 15 livros indicados às crianças de 0 a 4 anos e poderão ser acessados gratuitamente até dia 30 de junho
Discussões sobre formatos, impresso ou digital, perdem importância em tempos de isolamento social. A recomendação é que todos fiquem em casa e para que este período continue sendo de aprendizagem para as crianças, educação e cultura são fundamentais. Pensando nisso, a editora Bamboozinho, especializada em literatura para primeira infância, resolveu disponibilizar a leitura digital com acesso livre e gratuito de 15 títulos de sua biblioteca para que pais e filhos sigam lendo conteúdo de qualidade durante a quarentena. “O debate em relação à idade de se usar tablets e celulares ficou em segundo plano. Ninguém vai agora dizer que é melhor não ler um livro para o bebê e a criança pequena porque ele está disponível apenas no digital. O mais importante é o convívio familiar estar bem cuidado e as interações apoiadas em produtos culturais de qualidade. Nessa etapa do desenvolvimento infantil, ler é conversar”, afirma a editora Aloma Carvalho.
Todos de autores e ilustradores brasileiros, os livros selecionados do catálogo poderão ser acessados pelo site da editora a partir do dia 15 de maio e ficarão disponíveis até dia 30 de junho. Os conteúdos são relacionados à descoberta de si e do outro, à descoberta da natureza e do convívio social. Tem título para cantar e dançar, para a hora de dormir, para a formação de vocabulário e sobre bichos e os sons que eles fazem, todos aprovados e recomendados em programas de livros do MEC e/ou de Secretarias de Educação de diferentes estados/municípios brasileiros. Alguns contam ainda com complementos sonoros (músicas, o som dos bichos etc.) no canal do YouTube da editora.
Mas como aproveitar da melhor forma o livro digital? “O primeiro cuidado a se ter é que a leitura, não importa o formato escolhido, tem que acontecer acompanhada por um leitor mais experiente. É esse leitor que vai atuar como mediador entre o texto e o bebê/criança, ressignificando a experiência da leitura”, diz Aloma. Para os que já têm autonomia para usar tablets sozinhos, a recomendação é que sejam supervisionados ao menos. “É sempre bom lembrar que nem o livro impresso, nem o tablet e tampouco a televisão ou o computador devem servir de babás eletrônicas. Bebês e crianças pequenas precisam da atenção constante dos adultos”, completa.
Outra dica importante é sobre a rotina. Criar horários para leitura é uma forma de atrair as crianças, tornando o momento um evento esperado durante o dia, e uma maneira de ocupar o período novo que todos estão vivendo dentro de casa.
Sobre o livro ideal para esta faixa etária, no suporte digital, a editora ressalta que a atração principal deve ser a leitura. “Se com um clique surge uma animação, aparece uma tela para colorir ou qualquer outro recurso que tire o foco do ato de ler, estamos ensinando a eles que o digital só é divertido quando tem outras coisas para fazer. E a leitura não é isso. Ler exige concentração, foco, sensibilização, silêncio, reflexão, relação. Não desprezo os apps, pelo contrário, acho que eles têm outra função, também importante. Mas o critério é buscar a qualidade do texto em si e, no caso dos livros infantis, das imagens que o acompanha”, diz Aloma.
Ler é uma das principais ações que os pais podem realizar em casa em prol da educação dos filhos pequenos neste período. O projeto Bebeteca Digital conta com o apoio dos autores, que cederam seus direitos autorais para garantir a gratuidade do acesso, e a plataforma escolhida foi a ISSU, pois não exige que os leitores cedam seus dados em troca do acesso.
“Nossa intenção é que também os educadores de creches e de educação infantil, tanto da rede pública como particular, possam utilizar nossos livros como apoio em suas aulas a distância ou como material de orientação para as famílias. Estamos considerando também as famílias que estão no exterior, seja na condição de expatriados como também aquelas que por um motivo ou outro não conseguiram retornar ao Brasil neste momento”, diz Aloma.