São Paulo 14/10/2020 –
O Brasil vive uma crescente de negócios realizando IPO na B3, depois de dez anos estagnado. Já foram investidos mais de R$ 66 bilhões entre IPO’s e follow-ons em 2020 e a estimativa, de acordo com Álvaro Gonçalves, presidente da Câmara Consultiva de Empresas e Estruturadores de Ofertas da B3, é que passe os R$90 bilhões de 2019.
O Brasil vive uma crescente de negócios realizando IPO na B3, depois de dez anos estagnado. Já foram investidos mais de R$ 66 bilhões entre IPO’s e follow-ons em 2020 e a estimativa, de acordo com Álvaro Gonçalves, presidente da Câmara Consultiva de Empresas e Estruturadores de Ofertas da B3, é que passe os R$90 bilhões de 2019.
Para Antonio Wrobleski, Presidente do Conselho da Pathfind, o cenário é bastante favorável e mostra o amadurecimento do mercado, já que para entrar na Bolsa é necessário que a empresa esteja bastante estruturada.
Wrobleski, que já participou da inserção de diversas empresas na Bolsa, alerta que são necessários pelo menos 4 anos de estruturação antes que a empresa seja aprovada pelo CVM e o primeiro passo é preparar a empresa para auditoria, assegurando ao mercado que a empresa está seguindo processos adequados.
O Ebitda, índice que mede o desempenho financeiro geral de uma empresa, revelando o lucro líquido da companhia, é outro fator importante e que precisa ser consistente para atrair a atenção dos investidores.
Segundo Wrobleski, um fator que ganhou bastante peso depois de 2018, e que ganha ainda mais importância com a pandemia, é a digitalização da empresa, que precisa estar bem preparada, pois processos bem estabelecidos e uso de tecnologia para aprimorá-los é fundamental para o crescimento na velocidade esperada pelo mercado.
É o caso da Magazine Luiza que, de acordo com o Credit Suisse, teve o melhor desempenho, somando o maior valor bruto de vendas nominal on-line anual de R$ 4,3 bilhões, 2.5x a mais do que no segundo trimestre de 2019. Além disso, é a tecnologia e o uso assertivo de dados que demonstram que a empresa tem o controle sobre suas ações e que elas são tomadas com base em análises criteriosas.
Por fim, Wrobleski explica que é necessário criar uma estratégia de comunicação para aumentar a exposição da marca. “Hoje já é avaliado, por exemplo, o índice ESG e a tendência é que nos próximos anos as empresas sejam cada vez mais cobradas por suas atitudes e suas políticas em relação ao meio ambiente, às políticas sociais e de diversidade e suas políticas internas de ética e governança”, explica. Segundo Wrobleski, já ocorrem pressões externas de investidores para a divulgação do desempenho do ESG e, dependendo do segmento da empresa, as cobranças podem variar. “Na logística, por exemplo, é impensável as empresas não reverem sua operação considerando quantidade de combustível utilizado, poluição ao meio ambiente”, explica.
Website: https://www.pathfind.com.br/