São Paulo 9/9/2020 –
Para evitar que as novas gerações passem por dificuldades na forma com que utilizam o dinheiro, muitos pais têm se preocupado em ensinar aos filhos educação financeira desde cedo.
Os brasileiros têm se interessado cada vez mais em usar o dinheiro de forma inteligente. Inclusive, é comum ouvir muitas pessoas reclamando que gostariam de aprender sobre finanças pessoais na escola. Assim, teriam encarado a relação com o dinheiro de forma diferente antes de chegar ao endividamento.
Para evitar que as novas gerações passem por dificuldades semelhantes na forma com que utilizam o dinheiro, muitos pais têm se preocupado em ensinar aos filhos educação financeira desde cedo.
Trata-se de uma decisão sábia já que, quanto antes o filho aprender a lidar com o dinheiro, maiores serão as chances dele investir e não demorar a construir o próprio patrimônio.
Algumas medidas podem ser aplicadas no dia a dia com os filhos, para ensinar educação financeira. É importante que toda a família seja envolvida, para que as crianças consigam aprender na prática o quanto antes como usar o dinheiro da melhor forma possível.
Muitos pais têm dificuldade em dar mesada aos filhos porque preferem satisfazer o gosto deles quando necessário. Porém, a mesada é uma importante forma de fazer com que o filho aprenda na prática como usar o dinheiro.
Como educação financeira, porém, essa medida precisa seguir algumas regrinhas, como: conversar com a criança para entender para o que ela realmente utilizaria o dinheiro, envolver a família para estipular um valor para a mesada. É possível definir a recorrência ou até mesmo automatizar uma transferência mensal, quinzenal ou semanal pelo banco. Dar o dinheiro vivo, em mãos, também funciona.
A partir do momento que define em dar uma mesada para o filho, é importante ter uma conversa séria sobre a importância de se ter uma poupança. Se for necessário, mostrar o que a família faz para controlar o orçamento.
Caso a mesada seja dada em dinheiro vivo, reforçar a importância de juntar dinheiro para a compra de algo importante para a criança. Nesse caso, é importante saber o que ela realmente preza: ela pode ter interesse em comprar um videogame novo ou trocar o tablet, e provocá-la a pensar um pouco mais no futuro, como em um intercâmbio ou um curso caro de games, por exemplo.
Se o filho já estiver maduro o suficiente para utilizar os serviços bancários, é possível instigá-lo a guardar parte do dinheiro na poupança e, aos poucos, ensinar sobre as possíveis aplicações que ele pode fazer.
É importante que ele tenha como motivação um desejo pessoal. Neste caso, vale a pena entender o que ele realmente quer fazer e o que gosta, para não desperdiçar a maior parte do dinheiro em itens supérfluos.
Manter conversas periódicas com os filhos sobre educação financeira, além de utilizar exemplos da vida real. É importante mostrar o que é possível fazer e construir quando se tem o hábito de poupar.
Se sentir que o filho está gastando demais em coisas que não agregam muito para a vida dele, será necessário investir um tempo para ensinar sobre o controle de gastos. Uma boa forma de fazer isso é envolvê-lo no controle de gastos familiar, mostrando com o que costuma gastar e falar abertamente sobre como a família realiza os investimentos.
Quando a criança começa a entender na prática a importância de utilizar o dinheiro de forma inteligente, acaba aprendendo junto. Caso a planilha seja complicada demais para o filho controlar os gastos, o bom e velho caderninho pode ajudar.
Uma dica muito boa para lidar com a forma com que as crianças podem usar o dinheiro: deixar bem clara a diferença entre consumo e lazer. Isso porque as crianças costumam associar o fato de ‘sair de casa’ com algo relacionado ao consumo. Observar a forma com que ela se relaciona com o dinheiro e dar pequenas dicas para estimular a melhor forma de gastar, é uma tática para que ela não desperdice.
Para isso, é essencial conter-se em querer comprar tudo o que ela quiser, sem gastar o próprio dinheiro. Ou seja, nada de presentes fora de época ou comprar mais do que deveria. Afinal, a criança precisa saber exercer a autonomia para aprender aos poucos sobre educação financeira.
Por isso, é preciso ser paciente e estar sempre disposto a explicar a importância de separar consumo de lazer, por exemplo.
Aos poucos as crianças aprendem o que realmente querem e o que precisam. Para isso, é preciso que a criança vá amadurecendo sua relação com o dinheiro. Se a mesada acabar, por exemplo, é preciso deixar claro que somente no prazo combinado ela terá dinheiro em mãos novamente.
Se sentir que o filho tem gastado com coisas pequenas por achar que ‘precisa’, é necessário ter uma conversa séria sobre o assunto. Uma boa dica é deixar claro que, a partir do momento que ela gasta em algo supérfluo (por exemplo, um jogo de videogame), ela deixa de comprar outra coisa que realmente precisaria (como o lanche da escola).
Existem diversos sites que ajudam os pequenos a utilizar o dinheiro de forma inteligente. Sites como Turma da Bolsa, Banco da Criança e Bate-Bola Financeiro explicam de forma simples e interativa o vocabulário econômico, para que comecem a se ambientar com termos como “poupança”, “débito”, “troco”, “gasto”, “custo”, “caro”, etc.
Website: http://www.embracon.com.br