São Paulo 19/6/2020 – Os políticos acham que o marketing digital é uma solução eleitoral mágica. Na prática, o cenário digital demanda muito mais cuidados
Muito se especula a respeito do marketing digital como ferramenta eleitoral para as eleições de 2020, mas poucas candidaturas estão preparadas adequadamente
Mesmo sem saber ao certo se haverá ou não o pleito ou mesmo quando ocorrerá, o mundo do marketing político está em efervescência. Com eleições para prefeitos e vereadores e um cenário de incertezas sem precedentes na história, o Brasil vive seu momento político de maior transformação e repleto de desafios para os próximos dirigentes.
O maior desafio para as campanhas políticas hoje em dia é assimilar o marketing político digital como uma ciência e não como a simples portabilidade da propaganda eleitoral convencional para o universo das redes sociais.
As mudanças constantes nas plataformas e redes sociais tornam esta ciência única, o que varia muito as técnicas de eleição em eleição. A antiga propaganda eleitoral era menos mutante.
Basta lembrar que os múltiplos compartilhamentos do WhatsApp agora se limitam a 5 por vez, e já se percebe o quanto pequenas mudanças afetam as estratégias.
Quais os principais pontos de atenção em uma campanha eleitoral?
1. Em primeiro lugar saber que não é uma mágica.
É uma estratégia. E, como toda estratégia, pode funcionar ou não, de acordo com as variáveis de cada região. Isso inclui cultura digital, porte, plataformas utilizadas, dimensionamento dos investimentos.
“Os políticos acham que o marketing digital é uma solução eleitoral mágica. Na prática, o cenário digital demanda muito mais cuidados e conhecimentos do que uma campanha convencional”, diz Osmar Lazarini, estrategista digital da Agência Trampo, uma das mais tradicionais do marketing político digital.
2. Infraestrutura adequada
Uma eleição não se vence só com o uso de Instagram, por exemplo. É preciso uma mescla abrangente e bem dimensionada.
3. Sem conteúdo não há campanha digital
Se o candidato a vereador ou prefeito não tiver uma boa biografia, boas ideias e opiniões, há um fracasso iminente nas redes sociais. A internet não tolera muito bem a propaganda política pura e simples, é um ambiente onde as exigências de conduta superam a propaganda e os investimentos
4. Caridade não é campanha
Há um vasto número de candidatos usando a caridade como forma de fazer campanha política. A caridade é boa e necessária mas, no âmbito político, deve ser usada com muito cautela. A ingenuidade das pessoas acaba quando a caridade ultrapassa a linha tênue que divide a boa intenção e o oportunismo. Isso não significa que não haja excelentes pessoas que praticam a caridade e enveredam pela política para ampliar o raio de ação das ações sociais. O correto é que o artifício seja usado com muita cautela e estratégia.
5. Marketing Político Digital não é gratuito
O fato de que o marketing político digital é mais econômico do que as campanhas presenciais não significa que não demande investimentos. A infraestrutura, o alcance, as ferramentas, tudo tem um custo que deve ser dimensionado. Ser eleito vereador ou prefeito demanda investimentos.
6. É preciso ter um arsenal básico de conhecimentos antes de sair contratando uma agência.
Um dos erros mais comuns nas campanhas políticas é sair acreditando que qualquer pacote básico é ter uma campanha. Deve-se ter em mente alguns termos que serão imprescindíveis e devem ser assimilados: marketing de conteúdo, plataformas sociais, SEO, patrocínios nas plataformas, infraestrutura (site, canais, ferramentas)
Enfim, são muitos conhecimentos necessários e alguns investimentos. Se não há caixa para uma campanha completa, vale buscar um treinamento e montar uma equipe de voluntários. Caso houver sobra de orçamento, existem agências que podem oferecer o planejamento e a equipe se encarregar da execução.
A chave de ouro para o sucesso: o segredo está em como se monta o conteúdo, o resto é ferramenta.
Website: https://agenciatrampo.com.br/category/marketing-politico/