São Paulo (SP) 11/6/2020 – Eu me formei no Brasil em bacharel de sistemas de informação e estou atuando como engenheiro de software em Edimburgo
Governo britânico quer atrair profissionais com bom currículo, mas é preciso planejamento e atenção antes de emigrar definitivamente para a terra da rainha
O Reino Unido deixou a União Europeia no dia 31 de janeiro deste ano, o marco na geopolítica recente do velho continente ficou conhecido como Brexit. Ainda assim, a nação formada por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte ainda mantém muitas oportunidades para brasileiros interessados em experiências no exterior.
O governo britânico planeja conjunto de regras de imigração que devem entrar em vigor a partir de 1º janeiro de 2021. No ano passado, cerca de 1,5 mil brasileiros solicitaram o visto de trabalho, mas menos de 100 tiveram o pedido rejeitado. O Reino Unido já indicou que pretende continuar atraindo profissionais qualificados e, se possível, reter mentes que frequentaram suas universidades, que estão entre as melhores do mundo.
De acordo com a nova política de imigração, a definição de trabalhadores qualificados seria expandida para incluir aqueles com o Ensino Médio e não apenas o Ensino Superior, como é atualmente. Alguns tipos de trabalhadores agrícolas e garçons, por exemplo, seriam removidos da nova categoria, mas profissões como carpinteiro, gesseiro e babá seriam acrescentados à lista.
A gestora de projetos, Luana Gamballi Schultz, imigrou para a Irlanda ainda como estudante. Formada em Gestão Ambiental, com MBA em Supply Chain e 8 anos de experiência em gestão de projetos, começou trabalhando como cleaner em Dublin. Hoje, após quase 3 anos e ter conseguido a cidadania italiana, trabalha como supervisora em bares, cafés e restaurantes. “Eu ainda espero progredir profissionalmente. Tenho condições e possibilidades para isso”, ressalta.
A história de Luana é semelhante à de milhares de brasileiros, que mesmo com bom grau de instrução têm dificuldade de se estabelecer no Reino Unido. De acordo com a diretora executiva da UKBR Consultancy, Joana Tono, o planejamento para mudança de país é essencial e contar com o auxílio de empresas sérias que acompanham esses procedimentos é fundamental para evitar complicações.
“Somos uma empresa sediada em Londres com o objetivo de assessorar pessoas que estão em processo de emigração para o Reino Unido a fim de estudar, trabalhar ou empreender e estabelecer a sua vida por aqui por curto prazo ou em definitivo. Fazemos um estudo personalizado da necessidade de cada cliente, pois cada projeto é único e significa o seu projeto de vida. Mais do que assessorar, fazemos com que a sua transição para o Reino Unido ocorra da melhor forma possível”, afirma.
Em março de 2019, o engenheiro de software Bruno Curbani Goettmann escolheu Edimburgo como o local inicial para a realização dos seus sonhos. “Eu me formei no Brasil em bacharel de sistemas de informação e estou atuando como engenheiro de software em Edimburgo. Morar fora em um país que falasse a língua inglesa sempre foi meu sonho e a UKBR ajudou muito nessa transição, me assessorando nos processos burocráticos no Reino Unido, além de uma consultoria junto a instituições financeiras que melhor se encaixavam com o meu perfil. Consegui um emprego em uma empresa bastante conceituada no mercado e hoje a minha expectativa é a melhor possível”, vibra.
A executiva da UKBR explica que cada processo é feito de forma personalizada. “Temos um time multidisciplinar com profissionais que possuem experiência nos serviços oferecidos, o que possibilita assumir o compromisso da entrega dos resultados esperados sem comprometer seu orçamento. Queremos que nossos clientes tenham experiências positivas e que se sintam amparados pela nossa equipe durante o processo”, diz.
Ainda de acordo com ela, as oportunidades no Reino Unido são muitas. “A falta do conhecimento na língua inglesa faz com que muitos brasileiros ainda trabalhem em áreas que não exigem qualificação profissional, como em serviços de hotel, restaurante, bar e cozinha, área de limpeza, construção e babá. Porém, há brasileiros qualificados em empresas de marketing, comunicação, pesquisa, TI, tecnologia e inovação, entre outras áreas”, ressalta.
O ex-presidente da Suffolk Sheep Society, Michel Weaver, explica que trabalhadores qualificados são bem-vindos no Reino Unido. “Na agricultura, sempre precisamos de veterinários nas propriedades. Em um conceito mais amplo, precisamos de engenheiros e cientistas para nossos centros de pesquisa, que certamente contribuirão para o desenvolvimento do agronegócio”, completa
Benefícios
O novo plano do governo britânico prevê que imigrantes legais têm direito a benefícios sociais como seguro-desemprego. O salário mínimo anual exigido de trabalhadores qualificados que desejam ir para o Reino Unido seria reduzido de 30 mil libras para 25,6 mil libras. No entanto, o governo diz que esse limite poderia cair ainda mais, para 20.480 libras, para pessoas em “ocupações específicas em escassez”. Contudo, não haveria mais um teto para o número de trabalhadores qualificados que poderiam entrar no Reino Unido.
O país concede vistos especiais para empreendedores e profissionais voltados para áreas de inovação. Recebe o direito de residência quem abrir empresas consideradas inovadoras com 50 mil libras (cerca de R$ 268 mil) ou uma startup que se encaixe nas regras e na lista de incubadoras do governo britânico. Neste caso, não há limite mínimo de investimento.
Website: https://www.ukbrconsultancy.com/