15/5/2020 –
A dermatologista Dr.ª Valéria Campos comenta sobre o estudo recentemente publicado sobre o impacto da luz UV contra a COVID-19
A especialista fala sobre as conclusões do estudo anunciado por William Bryan, consultor de ciência e tecnologia do Departamento de Segurança Interna da Casa Branca, no último dia 23 de abril, que apontou que a luz do sol consegue destruir, mais rapidamente, o novo coronavírus. Segundo os cientistas do governo dos Estados Unidos os raios ultravioletas tem um impacto relevante contra o vírus e sua propagação. “Nossa observação mais importante até o momento é o poderoso efeito que a luz solar parece ter sobre a morte do vírus tanto na superfície, quanto no ar”, disse ele. “Vimos um efeito semelhante tanto com a temperatura quanto com a umidade, ou ambas, gerando uma condição menos favorável ao vírus.
A pesquisa mostrou que a meia-vida do vírus, que é o tempo necessário para reduzir sua quantidade à metade, foi de 18 horas quando a temperatura estava entre 21 a 24 graus Celsius, com uma umidade de 20% em uma superfície não porosa, como maçanetas e aço inoxidável. Com umidade em 80% essa meia-vida subiu para 6 horas mas, quando a luz solar foi adicionada à equação, esse tempo ficou em torno de apenas 2 minutos. Bryan conclui que, as condições climáticas do verão pode contribuir significativamente na redução da transmissão.
Os levantamentos mais recentes apontam que o Brasil já superou a China e tem recordes de mortes por covid-19, que já infectou mais de 1 milhão de pessoas ao redor do mundo. De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil registrou oficialmente 5.466 óbitos e está entre os países com mais vítimas fatais pela doença. Para a Dr.ª Valéria Campos o estudo em questão surge como esperança no controle da epidemia “Embora as pesquisas avancem neste sentido, e seja conclusiva quanto ao período de sobrevivência do vírus exposto à luz do sol, as descobertas recentes não significam que podemos ignorar as ordens de ficar em casa e as medidas de higiene. É até irresponsável afirmar que no verão a transmissão será erradicada, mas já se pode concluir que a radiação impede que as partículas virais se repliquem”. explica a dermatologista. A médica alerta por fim, que a propagação reduzida não significa que o patógeno seja eliminado completamente.
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