Quais são os principais riscos da automedicação?

Segundo um estudo publicado pelo ICTQ (Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade), em parceria com o Datafolha, 89% dos brasileiros afirmam que se automedicam. O hábito é maior entre pessoas com idades entre 16 e 34 anos: 95% dos entrevistados desta faixa etária confessaram que tomam remédios sem consultar um profissional de saúde. 

Em 2020, a plataforma de saúde Consulta Remédios também investigou o assunto e demonstrou que o consumo de medicamentos por conta própria, naquele período, já era uma realidade para 7 a cada 10 (73%) indivíduos. Segundo o exame, 43% dos participantes afirmaram que continuam se automedicando, mesmo sabendo dos perigos da prática que, na maior parte das vezes, busca o alívio imediato de sintomas, sem reconhecer e tratar suas causas, o que pode trazer problemas para a saúde.

Até 2050, 10 milhões de pessoas podem morrer a cada ano por conta da automedicação, de acordo com um relatório divulgado por entidades ligadas à ONU (Organização das Nações Unidas).

Juliana Doirado Aggio Rocha, especialista em marketing estratégico na área da saúde, afirma que a automedicação pode trazer uma série de riscos ao paciente. “A automedicação aumenta o risco de intoxicação e de interações medicamentosas graves e que podem causar a inativação de efeito de algum medicamento que a pessoa já faça uso. Além do mais, pode dar alergia, entre outros problemas”.

Dependendo da medicação, prossegue Rocha, o paciente que toma remédios por conta própria pode gerar sobrecarga no rim e no fígado e, até mesmo, agravar alguma patologia que ele já tenha, e causar dependência.

Ela também destaca que buscar conhecimento na internet se tornou algo corriqueiro em um cenário de doença. “Apesar de haver as ferramentas de pesquisa de fácil acesso, muitas das vezes os termos técnicos, até mesmo das bulas, podem dificultar o entendimento”.

Segundo uma sondagem realizada pelo Minuto Saudável, empresa do grupo Consulta Remédios, 94,4% dos brasileiros buscam informações de saúde na web. A maior parte das pesquisas diz respeito a sintomas e tratamentos de doenças, medicamentos e bulas.

A análise também mostra que, para 63% das pessoas, é “fundamental” que o conteúdo publicado na internet tenha sido criado ou revisado por um profissional de saúde, enquanto para 33,8% dos entrevistados este é um elemento “importante”. Para 0,8% dos indivíduos, a autoria do conteúdo sobre saúde “não é importante”. 

Para a especialista em marketing estratégico na área da saúde, o cenário ideal é que todos os pacientes tenham acesso à orientação médica de qualidade. Por outro lado, a realidade não permite que todo mundo passe por uma consulta médica para obter receita de cada medicamento que precisa tomar. “Por isso, buscar a assistência farmacêutica nas farmácias e drogarias é um elemento muito importante”, conclui Rocha.

Para mais informações, basta acessar: https://www.linkedin.com/in/juliana-doirado-aggio-rocha-1209be0406/

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DINO

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