São Paulo – SP 2/7/2020 – No caso dos pets exóticos, como calopsitas, jabutis, coelhos e serpentes, entre outros, os cuidados com o manejo devem ser redobrados.
Os principais sintomas de doenças respiratórias são: cansaço, tosse, espirro, diminuição do apetite e secreção nasal, entre outros.
O inverno chegou e, é preciso ter cuidados especiais com os animais de estimação neste período. As quedas de temperatura e o tempo seco podem comprometer a saúde deles, principalmente dos filhotes e animais idosos. “Os idosos são os mais prejudicados, por apresentarem mais problemas articulares, terem pelos mais ralos e metabolismo mais lento”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).
Os tutores precisam ficar atentos para cuidados e precauções simples, mas importantes e que podem evitar problemas sérios na saúde dos pets. Os passeios devem sofrer mudanças durante o inverno. As caminhadas podem ser feitas, desde que respeitados alguns cuidados como: evitar horários e lugares que possam ter aglomeração de pessoas, passeios sob temperaturas muito baixas e enquanto estiver ventando, chovendo ou garoando. Deve-se escolher um horário que a temperatura esteja agradável e realizá-lo rapidamente.
Em tempos de COVID-19, os tutores devem seguir todas as orientações da Organização Mundial da Saúde, usando máscaras ao sair de casa, não deixar outras pessoas tocarem nos pets e sempre lavar as patinhas deles com água e sabão, além da coleira e guia quando retornar para a casa.
Nas baixas temperaturas, os banhos devem ser evitados. Eles podem deixar o animal doente e, por isso, o recomendado é diminuir a frequência e, quando for extremamente necessário, é preciso secá-lo muito bem para evitar que ele fique resfriado ou desenvolva infecções na pele, como a dermatite.
Algumas adaptações podem ser necessárias nesse período para assegurar que o local onde o animal dorme não esteja exposto a correntes de ar frio. Mantê-lo bem aquecido, confortável e protegido de chuva, umidade e incidência solar direta é essencial. “As roupas, também são uma boa opção, além de darem estilo ao seu pet, são ótimas aliadas no combate ao frio”, ressalta Vininha F. Carvalho.
Animais que vivem em ambientes externos e em regiões onde o inverno é muito rigoroso, podem necessitar de aumento na quantidade de alimento para a manutenção de seu peso corporal durante o inverno. A alimentação, assim como a vacina, são pontos importantes na manutenção da saúde do pet.
Segundo a médica veterinária Lara Mantovani Volpe, -“independentemente do clima, é essencial que os animais tenham acesso a todos os nutrientes necessários para uma boa qualidade de vida. Proteínas, gorduras, vitaminas e minerais devem estar presentes em quantidades corretas na alimentação de cães e gatos. Animais que vivem em ambientes externos e em regiões onde o inverno é muito rigoroso – como nos estados mais ao sul do país, onde a temperatura pode chegar a abaixo de zero grau, podem necessitar de aumento na quantidade de alimento para a manutenção de seu peso corporal durante o inverno. Entretanto, na maior parte do Brasil essa medida não é necessária”.
No caso dos pets exóticos, como calopsitas, jabutis, coelhos e serpentes, entre outros, os cuidados com o manejo devem ser redobrados. Afinal, as baixas temperaturas também mexem com o metabolismo desses animais de estimação, podendo causar desconforto e doenças.
Membro da Comissão Nacional de Animais Selvagens do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNAS/CFMV), o médico-veterinário Isaac Albuquerque informa que é importante definir o que é frio para animais silvestres e exóticos: “É a temperatura abaixo de uma gradiente de conforto térmico, ideal para ativar o metabolismo dos animais. Cada espécie apresenta uma temperatura ótima. Para uma jiboia, por exemplo, ela fica entre 23oC e 30oC; abaixo disso, já é frio para a espécie”.
Répteis e peixes, segundo Isaac Albuquerque, sofrem nesta época do ano, pois são animais exotérmicos, ou seja, necessitam de fontes externas para manter a temperatura corporal num nível de conforto. Por isso, destaca, para manter o metabolismo regulado, quem cria animais como cágados, tigres d’água e serpentes devem manter equipamentos como termostatos e lâmpadas de aquecimento em aquários e terrários.
As aves também são sensíveis às baixas do termômetro, pois possuem temperatura corporal normal de 42 graus. A médica-veterinária Karolina Vitorino, que atende animais silvestres, em Brasília, esclarece: quem tem calopsitas, cacatuas e papagaios, por exemplo, e vive onde o termômetro baixa dos 18 graus, vale investir em aquecedor portátil, cobertores nas gaiolas e manter os animais em ambientes mais aquecidos, longe de janelas abertas, varandas e quintais.
O cuidado do tutor é importante em todas as estações do ano. Mas, no inverno existem raças de cães que merecem maior atenção , pois sofrem mais com o frio e ficam mais susceptíveis a doenças do aparelho respiratório. Este é o caso das raças de cães com pelos curtos e de menor porte, como Poodle e Yorkshire.
“Os principais sintomas de doenças respiratórias são: cansaço, tosse, espirro, diminuição do apetite e secreção nasal, entre outros. Os animais devem ser encaminhados ao médico veterinário o mais rápido possível, pois existem várias causas para as doenças respiratórias (viral, bacteriana, alérgica, parasitária e outras) e somente um especialista poderá concluir o diagnóstico e medicá-los corretamente”, conclui Vininha F. Carvalho.
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