São Paulo 28/5/2020 – As empresas precisam investir nas competências digitais de seus colaboradores, para que as pessoas protagonizem a transformação digital.
Muitas empresas conseguiram adaptar sua operação à crise, utilizando a tecnologia como aliada. Graças às soluções proporcionadas por ela, pessoas estão trabalhando remotamente, mantendo a operação da empresa ou transformando seus negócios, visando sua sustentabilidade em muitas áreas e setores econômicos.
A crise internacional provocada pela COVID-19 traz inúmeras reflexões sobre os desafios atuais e os que ainda serão enfrentados na Era Digital. Alguns exemplos recentes são a pandemia causada pelo vírus e a “infodemia” causada pela conectividade entre pessoas do mundo todo. Como elas impactam de forma positiva e negativa o cenário atual são fatores sobre os quais as pessoas estão apenas começando a lidar. A velocidade e abrangência global de crises sociais e econômicas também são exponenciais na Era Digital.
E as empresas? Elas estão preparadas para essa nova dinâmica? Muitas conseguiram adaptar sua operação à crise, utilizando a tecnologia como aliada. Graças às soluções tecnológicas, pessoas estão trabalhando remotamente, mantendo a operação da empresa ou transformando seus negócios, visando sua sustentabilidade em muitas áreas e setores econômicos. A importância estratégica da tecnologia nas empresas ficou ainda mais evidente durante a pandemia.
A eficiência dessa competência digital das organizações depende de três pilares: Pessoas, Tecnologia e Processos. Mesmo com a tecnologia acessível, muitas empresas não conseguiram manter sua operação – não considerando a queda da demanda por produtos e serviços, mas sim a sua capacidade produtiva interna. Ou seja, mesmo que haja demanda por seus produtos e serviços, algumas empresas não conseguiriam atendê-la porque ficaram paralisadas, não conseguiram dar andamento aos seus processos internos remotamente porque seus colaboradores não souberam utilizar a tecnologia disponível ou não acharam soluções para os verdadeiros desafios dessa crise.
Na área da educação, da saúde, de serviços em geral, por exemplo, pode-se evidenciar alguns casos que reforçam essa ideia. Algumas escolas, clínicas médicas e lojas conseguiram migrar sua operação do presencial para o digital e mantiveram sua operação, enquanto algumas concorrentes não tiveram a mesma agilidade, ainda que tivessem acesso a diversas opções tecnológicas. Se a tecnologia disponível é a mesma, o que de fato fez a diferença? As pessoas protagonizaram a solução através da resiliência, flexibilidade, racionalidade e criatividade frente à crise.
Sem dúvida, uma das lições a se considerar na “pós-crise” reforça algo já conhecido há algum tempo. As empresas precisam investir nas competências digitais de seus colaboradores para que as pessoas protagonizem a transformação digital, utilizando a tecnologia disponível, desenvolvendo novas soluções de forma criativa, inovadora e eficaz. Mesmo o desenvolvimento de novas tecnologias também depende de pessoas talentosas que, à partir da observação de novos cenários que se apresentam, possam adaptar cada projeto ou atividade de forma ágil e flexível.
As mudanças serão cada vez mais rápidas e expressivas. E a capacidade de resposta das organizações ao ambiente na Era Digital estará cada vez mais nas pessoas e na sua interação com a tecnologia e as empresas.
Prof. Dr. Cláudio Carvajal – Coordenador Acadêmico no Centro Universitário FIAP.
Website: http://www.fiap.com.br
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