As vítimas que a pandemia continua fazendo

Hollywood, FL 19/1/2021 – Que possamos entender de uma vez por todas que hoje o melhor lugar do mundo é dentro de casa.

A segunda onda da COVID-19 chegou não só ao Brasil, mas em todo o mundo. São centenas de milhares de pessoas todos os dias infectadas e mortas pelo vírus.

A Europa lidera as estatísticas, seguida pelos Estados Unidos e países asiáticos. Na América do Sul as coisas não vão bem também. Argentina, Paraguai e Uruguai, são alguns dos países que já começaram a adotar medidas restritivas de entrada e saída em seus países. Quase cem mil infectados em todo o mundo e, de acordo com especialistas, a expectativa é que os números cresçam sem freios.

O Brasil, maior país da América do Sul, não fica atrás da notícia desanimadora de um número estrondoso de infectados e mortos, principalmente em Manaus, capital do estado do Amazonas. A cidade registrou em 2020 imagens que viralizaram e correram o mundo com as filas de funerárias esperando para sepultar vítimas da COVID-19, assim como valas coletivas abertas, onde caixões eram deixados por escavadeiras. Medidas de segurança começaram a ser implantadas em Manaus e no restante do país. A maioria dos estados decretou fechamento de comércios e locais que não eram de utilidade pública. Foram meses fechados até que governantes começaram a liberar a abertura de tudo e mais um pouco. Como resultado, o número de infectados e mortos do final do ano de 2020 cresceu em progressão geométrica. Ainda é início de 2021 e os números continuam subindo.

Para o jornalista, Fabricio Magalhães, do Grupo A Hora, um dos motivos para o grande número de pessoas contaminadas e o aumento de óbitos devido à pandemia COVID-19, é e foi a falta de isolamento da maioria das pessoas.

“Quase todos acharam que a pandemia havia passado, ou que as coisas não estavam tão graves assim como diziam. Fui muito criticado, inclusive por alguns amigos e familiares que disseram que eu estava exagerando. Eu sempre estava de máscara, alertava e pedia que fizessem o mesmo. Foram várias as vezes que passei por isso e o resultado infelizmente é o que se vê, amigos perdendo amigos e famílias perdendo seus entes queridos para a COVID-19”, contou Magalhães.

A jornalista Paula Tooths, correspondente internacional do Grupo A Hora, residente nos Estados Unidos, disse que por lá a coisa não está nenhum pouco boa no que se refere à COVID-19. Mesmo com um alto grau de contaminação e mortes, a maioria das pessoas continua se aglomerando.

“Existem aquelas pessoas que são totalmente adversas às medidas de segurança, não usam máscara, se aglomeram e fazem protestos contra a vacina. Mas há os que se preocupam, que precisam trabalhar para o seu sustento, e querem fazê-lo com segurança evitando a contaminação”, desabafou Tooths.

Fabricio Magalhães afirma ainda que em 2020 muitas famílias próximas perderam seus entes, mas apareciam apenas como números e estatísticas e que a partir do segundo semestre do ano passado, um grande número de famosos infelizmente vieram a óbito devido à contaminação do Coronavírus.

“São artistas, atores, atrizes, cantores e cantoras, políticos e políticas que perderam suas vidas para a COVID-19, pessoas conhecidas em todo o país e até mesmo fora, e mesmo assim, o nível de consciência das pessoas no Brasil continua baixo. Todos os dias assistimos nos noticiários que a polícia fechou um bar, um restaurante e que acabou com uma festa que aglomerava uma grande quantidade de pessoas sem uso de máscara e desrespeitando as medidas de segurança, recomendadas pelas autoridades de saúde”, disse o jornalista.

Paula Tooths entrevistou Cristiano Pereira, residente nos Estados Unidos há mais de 25 anos, que contou que precisou cruzar dois estados, dirigindo por mais de 16 horas, para deixar a esposa no trabalho, saindo de São Rafael na Califórnia, passando pelo o estado de Nevada, até chegar em Park City, em Utah, e gastou mais 22 horas para voltar, devido à neve e condições climáticas não favoráveis, tudo para que sua esposa pudesse chegar ao local onde trabalha durante a semana, uma vez que a maioria dos aeroportos estão fechados mesmo para voos domésticos.

“O ano de 2020 foi uma lição para o Brasil e para o mundo. Presenciamos e testemunhamos uma catástrofe no que diz respeito ao ser humano e à vida. Em 2021, temos a oportunidade de cuidarmos mais de nós e dos nossos. Que possamos obedecer a todas as medidas de segurança, seguindo as recomendações de especialistas, que evitemos ao máximo as aglomerações, e que possamos entender de uma vez por todas que hoje o melhor lugar do mundo é dentro de casa” – finaliza o jornalista Fabricio Magalhães.

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