As organizações precisam entender a estrutura da Árvore Lógica de Problemas para impulsionar as iniciativas digitais

São Paulo, SP 9/7/2020 – A transformação digital, antes de tudo, é uma transformação da maneira de se fazer as coisas.

Diante das complexidades e dos desafios das companhias, especialmente neste contexto de transformação digital, surge uma necessidade das empresas se estruturarem para adquirirem valor de negócio e colherem bons resultados. Um dos caminhos possíveis é a utilização da estrutura de árvores lógicas de problemas ou issue trees.

Todo gestor já deve ter se perguntado como iniciar ou dar impulso ao processo de transformação digital de uma companhia. Invariavelmente, existem diversos projetos em andamento, indicadores para acompanhar e diversas orientações da alta administração para digitalizar a empresa. Diante de tantas necessidades, que eventualmente entram em conflito, há uma importância latente em estruturar e priorizar a complexidade do cenário que se desenha.

Um dos caminhos possíveis é a utilização da estrutura de árvores lógicas de problemas (ou issue trees, como foi concebida originalmente). Esse modelo combina os principais desafios de negócios e desmembra em problemas menores, para que possam ser gerenciáveis. Esse desenho permite o desdobramento em vários níveis até atingir um patamar em que o negócio consiga impulsionar aqueles problemas que irão gerar oportunidades de soluções com maior potencial de valor para o negócio.

Como estruturar as árvores lógicas de problemas 

Trazendo para a realidade, as árvores lógicas de problemas podem se organizar, em um primeiro nível, nos grandes desafios estratégicos do negócio, ou seja, aqueles que vão nortear o ambiente de negócios para um futuro próximo. No cenário atual de diminuição de demanda, por exemplo, o desafio pode estar orientado para uma redução de custos ou aumento de produtividade da operação.

Nos demais níveis, os problemas precisam ser estruturados, de tal forma que sejam orientados a resultado, com indicadores associados e que permita medir o progresso dos desdobramentos priorizados. Dessa forma, o problema pode tratar de questões, como reduzir o custo de contratos do processo XYZ, aumentar a receita dos produtos da linha XPTO, dentre outras opções. Idealmente, os problemas mapeados devem seguir a lógica SMART (específico, mensurável, alcançável, realista e com tempo definido) para garantir que não se torne um objetivo etéreo.

Mesmo assim, ao se atentar mais detalhadamente para os problemas acima, não há indicativo nenhum de como solucioná-los de forma mais sistêmica. E o intuito é exatamente esse. Dada a estruturação dos problemas gerenciáveis, o próximo passo é calcular quanto de valor cada problema pode gerar ao negócio. Isto é, qual é o tamanho de cada oportunidade, seja de ordem financeira, compliance, mitigação de riscos etc. Ao conceber esses valores, é possível realizar a priorização dos temas que irão dar maior retorno global para o negócio.

Algumas dicas para obter melhores resultados

Sendo assim, com base nessa organização, uma estrutura de valores seguindo o padrão 80/20 emerge para que se possa priorizar os problemas e oportunidades de maior valor para o negócio. A partir dessa escolha, dá-se início a um processo de identificação das causas e efeitos para que aquele problema ocorra. Depois, desenha-se as soluções que permitirão iniciar a captura do valor mapeado.

Alguns destaques são importantes para garantir que o processo de construção das árvores lógicas entregue o maior valor possível:

  1. Devem ser mutuamente exclusivas, ou seja, sem sobreposição de problemas.
  2. Elas devem ser exaustivas coletivamente, ou seja, não precisa incluir novos itens para complementar os valores que formem o desafio. Por outro lado, é importante também não criar uma lista muito grande de problemas, pois haverá uma dificuldade maior de realizar a priorização.
  3. A árvore é toda estruturada seguindo uma lógica hierárquica, com problemas conectados individualmente a cada desafio ou desdobramentos.
  4. Construir desafios em cima de indicadores garante o acompanhamento global do resultado obtido com a árvore.
  5. Dividir para conquistar. Os problemas de maior ordem de valor iniciam para dar impulso posterior aos problemas que não tem tanto valor agregado.
  6. Idealmente, o objetivo deve ser uma visão completa do negócio, mas nada impede que a árvore seja estruturada por unidades de negócio, processo ou, até mesmo, áreas. Este último, contudo, é o menos recomendado, dada as múltiplas interfaces que são envolvidas.

Em suma, o objetivo final da árvore lógica de problemas é garantir que o negócio esteja olhando corretamente para seus problemas, priorizando as maiores oportunidades de geração de valor, focando esforços nos desenhos de soluções com maior potencial e direcionando e impulsionando a transformação de forma conectada ao negócio, para que seja perene e que permita colher resultados duradouros. A transformação digital, antes de tudo, é uma transformação da maneira de se fazer as coisas.

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RHB Informática

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