Resultados da 16ª edição da pesquisa Panorama do Treinamento do Brasil, com realização e divulgação entre 2021 e 2022, revelam que no período de pandemia de Covid-19, crise econômica e cenários de desemprego exerceram impacto direto no setor de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) das empresas, sendo observada uma queda de 24% no orçamento anual destinado à área a partir de 2020. 

Com 522 respondentes do estudo, apresentando um número médio de 3.332 colaboradores, o material organizado pela  Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) junto a Integração Escola de Negócios, e publicado pela consultoria Carvalho & Mello, objetiva mapear indicadores, tendências e a evolução necessárias para gestão da área de T&D.

A pesquisa realizada anualmente considera planejamento estratégico, planos de desenvolvimento individual dos funcionários (PDI) e indicadores de mercado, por exemplo, como alguns critérios que podem ser considerados pelas empresas no momento de definição da verba anual para treinamento e desenvolvimento. Foi observado no levantamento que 86% das empresas brasileiras possuem um orçamento anual de T&D definido.

Claudio Zanutim, palestrante e treinador internacional, faz considerações positivas com relação ao percentual das organizações analisadas pelo levantamento que destinam orçamentos anuais à iniciativas de melhora da performance de seus times. O profissional, no entanto, acredita que poderia haver uma mudança. 

“O percentual deveria ser maior, pois mostraria que há um planejamento e que o dinheiro investido tem que retornar para empresa com melhores investimentos, relacionamento, vendas , lucro e performance geral”, diz o especialista que vê nos treinamentos uma forma de trabalhar a capacidade cognitiva e o potencial de atuação das pessoas que atuam no comércio, especialmente. 

O estudo observou que mudanças significativas ocorreram em alguns indicadores de gestão, durante os anos de pandemia. Alguns já voltaram aos moldes anteriores, atualmente, enquanto outros permanecem seguindo as alterações feitas ao longo do período. A título de exemplo, é possível destacar que há 2 anos atrás, 71% dos treinamentos realizados pelas empresas brasileiras era presencial, hoje, dentre essas mesmas empresas, 69% de todo o treinamento formal ocorre de maneira online ou por algum meio EAD.

Em análise ao dado, Zanutim afirma ter um olhar otimista, pensando nas possibilidades de maximização de investimentos e menos necessidade de deslocamento do treinador. “Não estou dizendo que todos os treinamentos devam ser aplicados de forma on-line, pois o encontro presencial é essencial para o desenvolvimento de uma gama de competências. Mas a possibilidade do online oportunizou que, mesmo no cenário pandêmico, muitas empresas não deixassem de promover seus treinamentos”, opina o empresário.

“O mercado de treinamento e desenvolvimento de pessoas no Brasil, e até mesmo em alguns países do exterior, oferece grandes possibilidades de crescimento. Há um horizonte de oportunidades para empresas que operam neste setor, juntamente com as organizações que estendem a importância e a necessidade de maximizar a performance de seus colaboradores”, finaliza Zanutim.

Mais informações disponíveis em http://www.claudiozanutim.com.br

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