São Paulo – SP 4/2/2021 – A mudança do clima já está causando danos à saúde das crianças em todo o mundo.
Muitas atividades rotineiras geram emissões atmosféricas de gases do efeito estufa (GEEs), que prejudicam o planeta.
As políticas de conservação necessitam ser implementadas em caráter de urgência para garantira a qualidade de vida para as futuras gerações. “A pegada de carbono é o resultado do cálculo da emissão de carbono emitida na atmosfera por uma pessoa, atividade, evento, empresa, organização ou governo. Muitas atividades rotineiras geram emissões atmosféricas de gases do efeito estufa (GEEs), que prejudicam o planeta”, enfatiza Vininha F. Carvalho, economista e editora da Revista Ecotour News ( www.revistaecotour.news).
A mudança do clima já está causando danos à saúde das crianças em todo o mundo e deve impactar o bem-estar de uma geração inteira se não forem atingidas as metas do Acordo de Paris para conter o aquecimento global, aponta um relatório publicado pela revista médica The Lancet. A biodiversidade apresenta o risco de que várias espécies sofram os impactos das alterações do clima. É preciso pensar em soluções agora.
Pelo Acordo de Paris, ratificado por 179 países para conter as emissões de gases de efeito estufa e garantir o desenvolvimento sustentável, o governo brasileiro colocou como sua meta de contribuição a redução de 37% das emissões até 2025. Além disso, indicou uma contribuição indicativa subsequente de redução de 43% em 2030.
Naquele encontro, o mundo se comprometeu a chegar ao final deste século com um aumento de temperatura média da Terra menor que 2°C, concentrando esforços para ficar o mais próximo possível de 1,5°C de aumento. No entanto, os compromissos assumidos até hoje pelos signatários de Paris conduzem a um mundo 3°C mais quente.
“As emissões brutas per capita do Brasil ainda são maiores que a média mundial. Elas estão muito longe do necessário para estabilizar o aquecimento global previsto no Acordo de Paris”, relata Vininha F. Carvalho.
O Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (IPCC, sigla em inglês) advertiu que, se a temperatura média do planeta crescer acima de 1,5°C neste século, a frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos aumentará, como as ondas de calor e tempestades observados em todo o mundo nos últimos anos.
O Observatório do Clima, rede que reúne mais de 40 instituições brasileiras atuantes na agenda climática, propõe um teto para emissão de gases de efeito estufa no Brasil. O valor máximo seria de um giga tonelada/ano em 2030.
“O combate ao desmatamento é uma questão urgente que precisa de políticas públicas efetivas e uma população consciente. A destruição de nossos ecossistemas está fortemente atrelada à agropecuária, que é justamente o setor a sofrer primeiro os eventos climáticos extremos provocados pelo aquecimento global, como estiagem prolongada e chuvas torrenciais”, afirma André Ferretti, gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e coordenador geral do Observatório do Clima.
“Para que o mundo atinja seus objetivos climáticos e proteja a saúde das próximas gerações, o panorama energético global precisa mudar drasticamente e o quanto antes. O caminho que o mundo escolher hoje marcará o futuro do planeta”, conclui Vininha F. Carvalho.
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